O Pitanguense Sargento Douglas Scherer, e Tenente Pierdona, que atuam em Pitanga, realizavam um Curso, um treinamento da Força-Tarefa de Resposta a Desastres (FTRD).
Com os novos bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), quando foram diretamente enviados a uma das maiores tragédias climáticas da história recente do Estado.
Poucas horas após o treinamento, Sherer e Pierdona foram enviados para Rio Bonito, segundo o major Ícaro Gabriel Greinert, comandante da Força-Tarefa e do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), a mobilização começou assim que as primeiras informações chegaram, por volta das 18h.
A primeira equipe a chegar foi do 12º Batalhão de Bombeiros Militar, com militares de Laranjeiras do Sul e Guarapuava.
Paralelamente, a força-tarefa estadual entrou em prontidão e oficiais seguiram para o Comando Central, em Curitiba.
Na primeira resposta, cerca de 50 bombeiros e 10 viaturas já estavam em operação.
Os 20 militares da região receberam reforço de mais 30 bombeiros vindos de Cascavel e Ponta Grossa, além de 14 integrantes do GOST com cães de busca.
“Onde o tornado passou, destruiu tudo. Edificações grandes foram totalmente colapsadas.
O cenário era de uma cidade arrasada”, afirma o major Ícaro.
Entre os mobilizados estava o 1º tenente Pedro Arthur Pierdoná, que havia recebido o certificado de conclusão do curso poucas horas antes do desastre.
“Foram poucas horas entre o sentimento da conquista e a necessidade de atuar imediatamente. É um prazer poder contribuir”, relata.
Ao chegar a Rio Bonito do Iguaçu, o tenente descreveu o cenário como “um ambiente de guerra”.
Pierdoná lembra que um dos momentos mais impactantes ocorreu durante a vistoria em um supermercado colapsado.
Do alto da estrutura, foi possível ver a destruição generalizada de toda a área urbana. “Foi um choque pensar em cada família que vivia ali e perdeu não só a casa, mas todo o seu entorno”, recorda.
Transição para o apoio humanitário.
Desde segunda-feira (10), as ações passaram da fase de busca e resgate para o apoio humanitário e início da reconstrução.
Cerca de 21 bombeiros permanecem na cidade, atuando no transporte de água, distribuição de cestas básicas e lonas, além de apoio à Defesa Civil no levantamento de danos e remoção de árvores em risco de queda.
“As equipes têm trabalhado principalmente no interior, onde o acesso é difícil e a população está muito vulnerável”, destaca Pierdoná.
Mesmo diante da destruição, ele afirma que a gratidão da comunidade tem marcado a atuação dos bombeiros. “Ver pessoas que perderam tudo ainda expressando esperança é algo que toca profundamente.”
Para o tenente, a tragédia reforça a importância do preparo técnico dos bombeiros paranaenses.
“Essa ocorrência foi um verdadeiro batismo para nós, que acabamos de ingressar na Força-Tarefa.
Mostrou o quanto precisamos estar prontos para ajudar quando a população mais precisa.”



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