O advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha faleceu nesta segunda-feira (9), em Brasília, aos 56 anos, vítima de um infarto fulminante.
Ele ficou nacionalmente conhecido por sua atuação voluntária na defesa de presos acusados de participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Cunha atuou em casos que ganharam grande repercussão social, como o de Adalgiza Maria Dourado, idosa de 65 anos condenada a 16 anos e seis meses de prisão por crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.
Em maio deste ano, a conquista da prisão domiciliar para Adalgiza foi celebrada por ele e por entidades como a Associação de Vítimas e Familiares de 8 de Janeiro (ASFAV).
Além das defesas nos tribunais brasileiros, Luiz Felipe denunciou possíveis violações de direitos humanos à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Ele protocolou pedidos junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) solicitando, entre outros, atenção médica adequada e medidas humanitárias, como a prisão domiciliar, para presos com problemas de saúde.
Parte dessas denúncias apontava omissões e excessos atribuídos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Sua morte gera comoção entre colegas, familiares e integrantes de movimentos em defesa dos presos do 8 de janeiro, que destacam seu empenho e coragem diante de um cenário jurídico e político extremamente polarizado.
Fonte: Gazeta do Povo
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