A preocupação é maior em Ponta Grossa, município que lidera o número de ocorrências de meningite graves em 2025, com quatro casos confirmados e dois óbitos.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) apontam que, entre janeiro e 21 de junho deste ano (Semana Epidemiológica 25), foram registrados 22 casos confirmados de meningite e seis mortes no Paraná.
Em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 11 casos e nenhuma morte. Em todo o ano passado, o Estado contabilizou 33 casos e quatro mortes.
Os casos de 2025 foram registados em Ponta Grossa (4), seguida por Curitiba (3), e outras cidades como Paranaguá, Apucarana, Londrina, Céu Azul, entre outras. Das seis mortes, duas ocorreram em Ponta Grossa.
As vítimas foram um menino de 2 anos e um homem de 59. Os demais óbitos foram registrados em Curitiba, São Jorge D’Oeste, Céu Azul e Wenceslau Braz.
Alta taxa de transmissão e letalidade
A doença meningocócica, provocada pela bactéria Neisseria meningitidis, pode causar meningite e meningococcemia, sendo considerada um problema de saúde pública devido à sua alta taxa de transmissão e letalidade, principalmente entre crianças.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforçou a importância da imunização.
“A vacinação é a principal ferramenta para prevenir as formas mais graves da meningite. Quem passou por isso na família sabe a dificuldade que é tratar, por isso contamos com todas as famílias do Paraná para darmos essa demonstração de ciência, saúde e vida, vacinando as nossas crianças e protegendo ainda mais a população paranaense”, afirmou.
Vacinas disponíveis
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina meningocócica C (conjugada) para crianças entre três meses e quatro anos.
A partir de julho de 2025, o reforço aplicado aos 12 meses passará a ser feito com a vacina meningocócica ACWY, ampliando a proteção contra os sorogrupos A, C, W e Y.
Apesar da ampliação da cobertura vacinal, os índices ainda estão abaixo da meta de 95% estipulada pelo Ministério da Saúde.
Em 2024, o Paraná atingiu 91,56% de cobertura na primeira dose (crianças menores de um ano) e 92,94% na dose de reforço (12 meses).
Dicas de prevenção
Além da vacinação, a Sesa orienta a população a manter cuidados preventivos, como a ventilação dos ambientes, higiene frequente das mãos, evitar aglomerações e não compartilhar objetos pessoais.
Também é essencial ficar atento a sintomas como febre, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez na nuca, confusão mental e manchas na pele — sinais que devem levar à busca imediata por atendimento médico.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
Da redação/ Maria Farias
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