Pouco se sabe sobre a igreja, mas moradores de Morretes relatam que a construção seja do século XVIII. Há pelo menos 30 anos, a Igreja Bom Jesus do Cardoso estava abandonada no terreno.
Quem descobriu a pequena igrejinha foi o corretor de imóveis Jean Carlo Hunzicker, que trabalhou na venda do terreno.
“Essa igrejinha nunca saiu da minha cabeça. Eu nunca mais tinha visto como ela estava. Depois de ter efetivado a venda, junto com meu funcionário, viemos pelo mato procurando e encontramos as ruínas”, disse.
Jean contou que foi coroinha quando pequeno e, por diversas vezes, frequentou a igrejinha.
“Lembrança da infância. Foi uma grande coincidência, porém esse lugar nunca saiu da minha cabeça, por fazer parte da minha vida. Tivemos o privilégio de vender e o seu Ademar fazer a reforma aqui”.
O terreno foi comprado pelo empresário Ademar Batista Pereira, que é de Curitiba, mas queria investir em Morretes. Ele contou que assim que soube da igreja, se emocionou.
“Quando eu soube foi uma curiosidade, por encontrar uma relíquia, uma coisa antiga. Não imaginava que estava tão deteriorada, com árvore dentro e tudo”.
Reforma e restauro da igreja
O que os moradores de Morretes relataram é que o terreno pertencia a Domingos Cardoso de Lima, o homem mais poderoso de Paranaguá, que era dono de uma mineradora na região.
A igreja, inclusive, recebeu o nome de Igreja Bom Jesus do Cardoso em homenagem ao homem.
Um dos poucos registros que Ademar encontrou, para restaurar a igreja, foi uma foto que mostrava como era a antiga pintura.
“Minha esposa é muito católica, devota de Nossa Senhora Aparecida. Eu a trouxe para ver e falei ‘vamos recuperar?’ e ela disse que sim”.
Feliz pela descoberta, o empresário também se mostrou satisfeito pela decisão do restauro. Ademar disse não se importar com o dinheiro que gastou.
“A gente tem que fazer a nossa parte na vida. Me sinto assim. Fiz o que eu achava que era correto. O dinheiro não tem muita serventia que não seja para fazer algumas coisas”.
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