A provedora do Hospital São Vicente de Paulo de Pitanga,
Nanci Bassani, garantiu, em entrevista exclusiva, que o
município de Pitanga.
Não será prejudicado com a decisão de solicitação do
descredenciamento da instituição médica do Programa Mãe Paranaense.
Segundo a
provedora, o convênio que Pitanga mantém com o hospital, com o repasse mensal
de, aproximadamente, R$ 180 mil, garante a continuidade do atendimento para as
gestantes do município.
O diretor administrativo do hospital, Tiago Porfírio, disse que a decisão do hospital em
solicitar o descredenciamento tem a ver com os altos custos que o programa
exige para sua manutenção e para que isso seja mantido.
Além do repasse mensal
de, no máximo R$ 24 mil pelo Governo do Estado, também é necessário que os
demais municípios que utilizam o serviço façam um aporte financeiro para o
atendimento.
Segundo o diretor, apenas o município de Pitanga tem convênio de
prestação de serviço com o hospital.
Os demais, ao utilizar o serviço do
programa Mãe Paranaense, que atende as gestantes de risco intermediário, fazem
o repasse apenas da AIH (Autorização de Internamento Hospitalar), que não
ajudam a cobrir esses custos.
Ele disse ao jornal que para a manutenção do serviço é
preciso que o hospital tenha à disposição, 24 horas por dia, e durante toda a
semana, um pediatra, um obstetra e um anestesiologista, além de toda a equipe e
estrutura do hospital e que esse alto custo estava sendo bancado apenas pelo
hospital, com a ajuda do município de Pitanga.
Porfírio comenta que, nos
últimos dois anos, a diretoria tem realizado reuniões com os demais municípios
que utilizam o serviço, como Boa Ventura do São Roque, Santa Maria do Oeste, Palmital,
Laranjal e Turvo, para buscar uma solução para esse impasse financeiro, mas sem
sucesso.
Em função, disso, a provedoria não teve alternativa a não ser
solicitar o descredenciamento, que ocorreu há cerca de 15 dias, e lamentou o
fato que um documento interno, dirigido do hospital para a Regional de Saúde,
tenha vazado; até porque existe um prazo de 2 meses para que o serviço seja, de
fato, interrompido.
Ele garantiu que durante esse período o hospital continua
mantendo o atendimento às grávidas da região e que vai buscar, em novas
reuniões com os secretários de saúde e com o Governo do Estado, uma composição
nanceira que possibilite que o serviço possa ser mantido.
A secretária
municipal de Saúde, Emily Sakurai, também conversou com o jornal Paraná Centro
e garantiu que as gestantes do município de Pitanga não serão desassistidas.
Ela ressalta que o município vai garantir o atendimento hospitalar, seja no
Hospital São Vicente de Paulo ou se houver necessidade em outras instituições
de Ivaiporã ou Guarapuava.
Ela também informou que o município vai manter o
convênio atual com o hospital de Pitanga, garantindo o atendimento do plantão
noturno e nos finais de semana.
Da Redação/Maria Farias
Fonte: Jornal Paraná Centro