Advogada vai entrar com pedido de liberdade alegando que
Cláudia Aparecida Fernandes Nascimento vivia relacionamento abusivo com o
ex-marido.
A defesa da mulher que matou o ex-marido atropelado e
gravou um vídeo em seguida, em Ituverava (SP), vai entrar com pedido de
liberdade no Tribunal de Justiça de São Paulo, sob alegação de que Cláudia
Aparecida Fernandes Nascimento sofreu violência física e psicológica durante
todo o relacionamento, de cerca de dois anos.
“Ela [Cláudia] tinha certeza que naquele momento ele iria
matá-la”,conta a advogada Daiane Cristina de Oliveira Valeriano, que defende
Cláudia.
Segundo a advogada, o atropelamento se deu após uma briga
entre os dois, no sábado (28), em que a autora do crime teria sido ameaçada
pelo ex, Adriano Joaquim Sampaio, que era usuário de drogas.
O casal estava em uma fase de idas e vindas, mesmo com
uma medida protetiva concedida pela Justiça em julho, para que ele não se
aproximasse da mulher.
“Quando ele [Adriano] não estava sob efeito de drogas,
era um bom marido. Ela é uma mulher muito guerreira, solidária, tinha a
esperança de tirá-lo das drogas”, afirma a advogada.
Daiane acrescenta que a mulher será submetida a exames
psicológicos para comprovar que ela estava emocionalmente abalada com a
situação a qual fora submetida durante o relacionamento.
A expectativa é que a Justiça analise o fato de a Cláudia
não ter passagens anteriores pela polícia e considere o contexto da violência doméstica
para colocá-la em liberdade.
No vídeo, feito logo após atropelar Adriano, Cláudia
disse: “Ele falou que eu não ia amanhecer viva.
A gente pede socorro para a
família e ninguém faz nada”.
Assista ao vídeo.
DA REDAÇÃO/ MARIA FARIAS